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sábado, março 03, 2012

O circo não é diversão... para os animais!

“Não podemos ver a beleza essencial de um animal enjaulado, apenas a sombra de sua beleza perdida.”
1937, Julia Allen Field

O circo não é divertimento para todos

Para os menos atentos o circo transparece uma imagem de animação onde os animais executam truques com satisfação e sem qualquer desconforto aparente. Na realidade, os animais nos circos são torturados, abusados e mantidos prisioneiros para quase toda vida em nome do entretenimento.

Cães, elefantes, ursos, camelos, cobras, macacos, araras, papagaios, focas, cavalos, girafas, lamas, cabras, zebras, bovinos, póneis, tigres, pumas e leões, são as espécies animais que mais facilmente se podem encontrar em circos de todo o mundo. Estas mesmas espécies são maltratadas e mantidas famintas, em estado de desnutrição contínua. Passam a vida aprisionados em espaços minúsculos, privados da sua liberdade e expostos a uma sobrevivência rotineira, dolorosa e stressante. Muitos deles já tiveram uma família e um habitat, e foram tirados violentamente às mães, que para isso tiveram de ser mortas. Outros foram comprados a jardins zoológicos e a outros circos.

O estudo do comportamento das diferentes espécies demonstrou que todos os animais sofrem em cativeiro. Para além da fome os animais sentem frio, calor, alegria, tristeza, dor, aborrecimento, repulsa, e sofrem de stress (e muitos peritos afirmam que os mais evoluídos têm memória). Todo o aborrecimento pelo qual os animais passam é a causa principal da perda das suas capacidades naturais. Animais que, no meio selvagem, correriam dezenas de quilómetros por dia, são forçados a passar quase todas as horas dos seus dias em jaulas exíguas, muitas vezes superlotadas, nas quais mal se podem movimentar. A ansiedade e o stress resultantes das pobres condições de bem-estar em que são mantidos e da violência dos treinos a que são submetidos fazem com que fiquem com distúrbios comportamentais (tornam-se apáticos e neuróticos). Repetem permanentemente movimentos estereotipados, auto mutilam-se e, por vezes, até ocorre canibalismo.

No seu meio selvagem, e de acordo com as suas características fisiológicas e psicológicas, os ursos usados nos circos nunca andariam de bicicleta, os babuínos nunca montariam póneis, os tigres e leões nunca passariam por entre arcos em chamas e os elefantes nunca se manteriam apenas em duas patas.

Os circos nada oferecem de pedagógico: crianças são ensinadas a olhar para os animais como objectos de exibição, que se expõem, se exploram e dos quais se abusa. As crianças podem aprender mais sobre os animais e o seu comportamento natural em documentários sobre a vida selvagem.


Apresentam-se de seguida algumas espécies animais e os abusos dos quais são vítimas:


Elefante amarradoElefantes:

- Antes de chegarem ao Circo, passam por meses de tortura. São amarrados sentados, numa jaula onde não se podem mexer, para que o peso comprima os órgãos internos e cause dor.

- Levam surras diárias, ficam sobre seus próprios excrementos, até que seu “espírito seja quebrado” e passem a obedecer.
- Os elefantes são animais que vivem em grupos com papéis sociais definidos. São extremamente inteligentes. Ficam de luto pelos seus mortos e são capazes de reconhecer um familiar, mesmo tendo sido separados deles quando filhotes.

- Sofrem de problemas nas patas por falta de exercício, pois na natureza os elefantes andam dezenas de quilómetros diariamente.

- No Circo os elefantes permanecem acorrentados o tempo inteiro. Mexer constantemente a cabeça é uma das características da depressão causada pelo cativeiro.

"Como fazer para conseguir a atenção de um elefante de 5 toneladas? Surre-o. Eis como".
Saul Kitchener, director do San Francisco Zoological Gardens



Tigre dentro de jaulaLeões, Tigres e outros Felinos:



- De acordo com Henry Ringling North, no seu livro "The Circus Kings", os grandes felinos são acorrentados a pedestais e são enroladas cordas nas suas gargantas, para que tenham a sensação de estarem a sufocar.

- São dominados pelo fogo e pelo chicote, golpeados com barras de ferro e queimados na testa, pelo menos, uma vez na vida, para que não se esqueçam da dor.

- Muitos têm suas garras arrancadas e as presas extraídas ou serradas.

- Passam a maior parte de suas vidas dentro de pequenas jaulas.

Alguns circos alimentam os felinos com cães e gatos abandonados.


Ursos:


Urso numa bicicleta
- Têm o nariz partido durante o “treino”

- As suas patas são queimadas, para os forçar a ficar sobre duas patas

- São obrigados a pisar chapas de metal incandescente ao som de uma determinada música

- Durante o “espectáculo” os ursos ouvem a mesma música usada durante “o treino” e começam a movimentar-se, dando a impressão de estarem a dançar

- Muitos têm as garras e presas arrancadas. Já foi constatado um urso com 1/3 da sua língua cortada

- Ursos cativos apresentam comportamento atípico, como andar de um lado para o outro

- Alguns ursos auto mutilam-se, batendo com a cabeça nas grades da jaula e mordendo as próprias patas


Macacos:



Macaco atrás de grades
- Apresentam o mesmo comportamento das crianças que sofrem abusos

- Até 98% do DNA dos chimpanzés é igual ao do humano

- São agredidos de modo a obedecer e obedecem apenas por medo

- Roer unhas e auto mutilação são comportamentos frequentemente encontrados em macacos cativos

- Os dentes são retirados para que os animais possam ser fotografados junto às crianças.

Cavalos, camelos, bois, cabras, póneis, burros e lamas:


Cavalo esquelético
- São açoitados e impedidos de fazer caminhadas

- Não são alimentados devidamente

- São agredidos para aprender



Todos os animais de circo:
- Não têm férias nem assistência veterinária adequada

- São obrigados a suportar mudanças climáticas bruscas, viajar milhares de quilómetros sem descanso, etc..

- Estão sujeitos aos clássicos instrumentos de “treino”: choques eléctricos, chicotadas, privação de água e comida.

- Encontram-se sem as mínimas condições de higiene, sujeitos a diversas doenças


Como ajudar?
Há várias coisas que podes fazer para reduzir o sofrimento dos animais. Pode ser algo tão simples como escrever uma carta ou fazer um telefonema num esforço para alterar o modo como estas instituições tratam os animais.

O que acontece aos animais se saírem do circo?
O local adequado para os programas de conservação devem ser as regiões a que os animais pertencem naturalmente e não a milhares de quilómetros de distância, longe da selva, da floresta, do deserto, das montanhas, dos oceanos, num ambiente e clima completamente diferentes. Os animais resgatados dos circos são geralmente reinseridos nos seus habitats naturais e em parques protegidos (ou santuários), que reúnem as mesmas condições.

É possível um circo existir sem animais?
Perfeitamente! O circo “Cirque du Soleil”, que foi fundado em 1984 por Guy Laliberté, tem um misto de números de circo e entretenimento de rua. Ao longo das duas últimas décadas o Cirque du Soleil transformou-se num império de divertimento e deu a esta arte um novo sopro de vida, uma vez que defende um circo sem animais, “Não estamos bem certos se o lugar de um elefante ou de um tigre é ficar enjaulado metade da vida ou apresentar-se ao Mundo fazendo acrobacias.” Este circo tem actualmente 2400 empregados e 500 artistas de mais de 40 países. Cerca de 600 mil pessoas assistem às suas peripécias Mundo afora. O circo está muito mais saudável do que antes, porque as pessoas precisam de sonhar e ter esperança, e é disso que falamos!”.


Alguns circos com animais:
- Circo Victor Hugo Cardinalli
- Circo Roberto Cardinali
- Circo Atlas
- Circo Chen
- Circo Di Napoli
- Circo Stankowich
- Circo Garcia
- Circo Bim Bobo
- Circo Moscow
- Circo Beto Carreiro
- Circo Vostock
- Circo De Roma


Alguns circos SEM animais:
- Circolando - R. Pinto Bessa, 122, Armazém 8 (Porto) - junto à estação de Campanhã; telefones: 225189157 e 934182945
- Kopinxas - Grupo de animação circense (Aveiro) http://www.kopinxas.com/ telefones: 936277013 e 913677966
- Trupilariante Companhia de teatro-Circo (Lisboa) http://www.trupilariante.com , e-mail: trupilariante@trupilariante.com telefone: 218460738 fax: 218 150 688
- Kabong (Porto) - telefone: 962710061
- Cia
- Clawnesca Cara Melada
- Cia Pavanelli: http://www.ciapavanelli.com.br
- Circo da Alegria: http://www.circodaalegria.com.br
- Circo Dança Teatro Intrépida Trup: http://www.intrepidatrupe.hpg.ig.com.br
- Circo Girassol: http://www.circogirassol.com.br
- Circo Gran Bartholo
- Circo Mínimo: http://www.circominimo.com.br
- Circo Navegador: http://www.circonavegador.com.br
- Circo Popular do Brasil
- Circo Spacial: http://www.spacial.com.br
- Circo Teatro Musical
- Furunfunfum: http://www.furunfunfum.com.br
- Circo Trapézio: http://www.circotrapezio.hpg.ig.com.br
- Circo Vox: http://www.circovox.com.br
- Circodélico: http://www.circodelico.com
- Cirque Ahbaui: http://www.cirqueahbaui.com
- Cirque du Soleil http://www.cirquedusoleil.com/
- Companhia Teatral e Circence Trupe Sapeka: http://www.trupesapeka.cjb.net
- Parlapatões, Patifes & Paspalhões: http://www.terravista.pt/ilhadomel/5115


Referências:
http://animaisdecirco.freeservers.com/
http://www.animal.org.pt/
http://www.circuses.com/animals.html
http://www.wolfkatt.freeservers.com/custom3.html
http://fund.org/uploads/fs_ent1.pdf
http://www.urbi.ubi.pt/000530/edicao/emorb_circo.html
http://animaisdecirco.freeservers.com/circos_sem_animais.html


Centro Vegetariano

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Qual é a sua parte na exploração animal?

Todas as ações que executamos repercutem em nossas vidas e nas vidas daqueles que nos cercam, seja em nossa comunidade ou no meio ambiente como um todo. Essas ações podem abranger desde feitos grandiosos até os nossos hábitos cotidianos.

Talvez poucos já tenham se dado conta, mas uma simples, ação que praticamos todos os dias, que é o ato de nos alimentarmos, traz importantes conseqüências para nossas vidas e para milhares de animais.

Toda vez que nos sentamos à mesa, estamos decidindo pela vida ou pela morte de milhares de animais que são explorados para a produção de alimentos. Com as nossas escolhas alimentares, podemos escolher preservar ou devastar uma área de mata nativa para dar lugar a pastos, ou campos de soja e milho que finalmente serão destinados à alimentação do gado ou de outros animais de corte. Optamos ainda por gerar mais ou menos gases de efeito estufa, que têm na pecuária um fator mais importante do que toda a poluição gerada por automóveis. Toda vez que escolhemos o que colocar no nosso prato, podemos optar por uma nutrição cheia de saúde ou por semear doenças que colheremos no futuro.

A indústria da exploração animal quer fazer parecer, através de suas propagandas muito bem estruturadas, que perus e porcos gostam de serem servidos como prato principal no Natal, e que vacas leiteiras são animais felizes que nos cedem o seu leite por livre e espontânea vontade. Essas indústrias trabalham para nos impedir de estabelecer qualquer relação entre a carne que vemos nas vitrines do açougue e os animais sensíveis e cheios de vontade de viver que são mortos nos matadouros. Essa indústria que quer promover a ideia de que seus produtos são adequados, saudáveis e necessários não está interessada na sua saúde ou maneira como esses animais são tratados, nem tampouco no impacto ambiental que isso gera, mas apenas no lucro.

O FIM DA EXPLORAÇÃO ANIMAL ESTÁ NAS MÃOS DE CONSUMIDORES COMO VOCÊ!

Enquanto consumidor, a sua alienação é a principal aliada para que todas essa injustiça continue acontecendo. Todos os elos dessa cadeia produtiva são responsáveis pela morte destes animais. Esses elos não se limitam apenas àqueles que os criam, transportam, abatem e comercializam os animais que exploram. A forma mais eficiente de pôr fim à exploração animal é acabando com a procura pelos produtos que dela derivam.

Aqueles que compram e consomem esses produtos são os principais responsáveis por essa cadeia, já que é justamente o consumidor quem tem o poder de interromper essa cadeia. Quando o consumidor não compra, o criador não cria, o transportador não transporta e o abatedor não mata. Mais do que grupos de defesa animal e até mesmo o governo, é o consumidor que detém o poder de interferir na indústria da
 exploração animal.

Assim como os seres humanos, os porcos, vacas, galinhas, perus, peixes, coelhos, cabritos e todos os outros animais são capazes de sentir fome, frio, dor, medo e angústia. Da mesma forma que não desejamos infligir essas sensações a qualquer ser humano, devemos ser coerentes e prestar igual consideração aos outros animais.

Não se trata de nos preocuparmos apenas com o modo como esses animais são explorados: se são bem ou mal tratados,se manejo é truculento ou suave, se a alimentação que eles recebem é mais ou menos balanceada, se eles têm ou não espaço suficiente. Trata- se de questionar se els deveriam ser explorados sob qualquer forma e para qualquer fim que seja, já que eles querem viver e prezam a sua liberdade tanto quanto qualquer um de nós!


AFINAL, QUEM NOS DEU ESSE DIREITO?

Aqueles que defendem que teríamos esse direito geralmente lançam mão dos mesmos argumentos que um dia já foram usados para justificar a exploração de seres humanos de acordo com sua pele, etnia ou religião. Os animais não-humanos vivem diariamente um verdadeiro holocausto
, subjugados por simplesmente terem nascido em uma espécie diferente da nossa.

A cada dia, a cada refeição, você pode fazer diferença para milhares de animais a cada ano, para saúde por toda vidas e para o planeta por todas as gerações futuras!

Visite o website e saiba mais sobre o veganismo e como você pode colaborar com por uma sociedade mais saudável e mais justa!
VEDDAS - Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade
via Jornal Vegano

Factos da Exploração Animal


Os humanos exploram os outros animais das mais diversas formas: utilizam-nos para se alimentarem, vestirem e calçarem; utilizam-nos para se divertirem (touradas, rodeios, circos com animais, espectáculos com animais marinhos, etc.); utilizam-nos para experimentação; e muito mais. Esta página aborda resumidamente algumas práticas na indústria alimentar, que é responsável pela esmagadora maioria da exploração animal a nível mundial.
Apesar de não ser a crueldade específica de cada forma de exploração animal que torna essa exploração injusta —toda a exploração é injusta em si mesma — é importante que tenhamos conhecimento daquilo que são as práticas correntes na indústria.
Não é possível usar os animais sem abusar deles, por mais que se tente adornar a imagem. A alternativa a toda esta exploração é muito simples: torna-te vegano. Não compactues comnenhum tipo de exploração.
Vacas Num Prado
O cenário da vaca “feliz” no prado verdejante, que
a publicidade nos tenta vender.

Agricultura “Humana”?

Numa altura em que as pessoas começam a ter alguma noção de que a exploração animal não é uma coisa bonita, a indústria responde com rótulos para aliviar a consciência dos consumidores: “criado ao ar livre”, “criado no campo”, “free range” ou “cage free”. A maioria dos consumidores quer acreditar que é possível produzir produtos animais de forma “humana”, e cai alegremente nesta ilusão criada pelo marketing da indústria de exploração animal. A verdade é que a esmagadora maioria destes animais vive vidas tão miseráveis quanto os outros animais explorados na indústria, e todos sem excepção são cruelmente abatidos quando ainda são jovens. Não tenhas dúvidas: exploração “humana” é uma coisa que não existe nem nunca irá existir.
Claro que é possível imaginar uma “quinta” familiar onde os animais têm liberdade para passar os dias no campo, muito próximo do que seria o seu comportamento natural. No entanto, mesmo nessas condições aparentemente ideais, os animais continuariam a ser sexualmente manipulados, continuariam a ser mortos no auge da sua vida, continuariam a ser transportados para o matadouro em condições que são sempre física e psicologicamente violentas, e continuariam a experienciar o aterrorizante cheiro a morte do matadouro e uma matança sem dó nem piedade.

As Vacas “Felizes”, o Leite e o Queijo

Vacas Numa Exploração de Produção de Leite
Vacas numa exploração de produção de leite.
Muitas pessoas julgam que as vacas produzem leite por obra e graça do Espírito Santo, mas a realidade é bem mais mundana.Para manter uma produção ininterrupta de leite, as vacas têm de ser repetidamente forçadas a engravidar e a dar à luz um filho.
As vacas são engravidadas através de inseminação artificial, o que envolve a introdução forçada de um braço no recto da vaca para posicionamento do útero, enquanto um instrumento para depósito do sémen é empurrado pela vagina. Para recolha do sémen, é comum utilizar-se um boi macho castrado a fazer o papel de fêmea, já que uma fêmea não conseguiria aguentar tantas montas consecutivas. O sémen é recolhido enquanto o boi reprodutor é obrigado a montar o boi castrado.
Vacas Numa Exploração de Produção de Leite
Vacas numa exploração de produção de leite.
As vacas são animais extremamente sociais e com fortes laços familiares, mas são constantemente obrigadas a ver os filhos recém-nascidos serem-lhes tirados. O processo de separação é agonizante tanto para a mãe como para o filho, e é comum ambos gritarem um para o outro enquanto são afastados.Algumas vacas emitem sons de lamento durante vários dias após lhes serem retirados os filhos.
Os vitelos macho filhos das vacas leiteiras não têm nenhuma utilidade para a exploração de leite, pelo que são vendidos para consumo e são castrados para terem uma carne mais tenra. As vitelas fêmea podem ser encaminhadas para consumo ou ficar na exploração para substituírem vacas leiteiras esgotadas.
Por volta dos 6 anos de idade, que seria apenas o princípio da idade adulta na natureza, as vacas estão esgotadas física e psicologicamente, e isso reflecte-se no declínio da produção de leite. Dado que a margem de lucro é para manter, as vacas extenuadas são rapidamente vendidas para abate.
Inseminação Artificial de uma Vaca
Procedimento de inseminação artificial de uma vaca.
Após terem passado por diversas inseminações forçadas, partos dolorosos, separações angustiantes e ordenhas sem descanso, espera-as agora o aterrorizante matadouro com o seu característico e nauseabundo cheiro a morte. Mas, antes disso, falta ainda passar pelo calvário do transporte para o matadouro. O transporte costuma ser particularmente penoso para as sofridas vacas leiteiras, uma vez que muitas padecem de dolorosas inflamações no tecido mamário (mastite) e de osteoporose. Muitas vacas ficam tão debilitadas, que nem são capazes de andar quando chegam ao matadouro.
No matadouro, as vacas são atordoadas com uma pistola que dispara um êmbolo retráctil que lhes causa uma lesão grave no cérebro e, se tiverem sorte, a perda dos sentidos. Em seguida, são içadas por uma das patas traseiras e degoladas enquanto ainda têm o coração a bater, de modo a que o sangue seja expelido para fora do corpo. Por vezes, as vacas ainda estão conscientes quando são degoladas.
Cada compra de produtos com leite, queijo ou outros lacticínios contribui para esta terrível exploração, independentemente de ser proveniente de pecuária convencional ou pecuária dita “humana”.
Livres de exploração, em santuários, as vacas podem viver vidas felizes durante mais de 20 anos.

As Galinhas, os Pintainhos e os Ovos

Galinhas
Uma moderna exploração de ovos cage free.
Muitas pessoas julgam que as galinhas são tratadas condignamente na produção de “ovos do campo”, de “ovos de galinhas em liberdade” ou de ovos cage free. Na verdade,praticamente todos os ovos cage free são produzidos em explorações industriais intensivas onde as galinhas se amontoam aos milhares em grandes armazéns escuros e passam por um inferno idêntico ao das galinhas poedeiras enjauladas. Nestes aviários, a concentração de fezes e detritos é tão elevada, que se formam gases tóxicos como o gás amoníaco ou o gás sulfídrico.
Galinhas
Corte do bico aos pintainhos.
Para haver galinhas poedeiras (ou seja, as galinhas seleccionadas para pôr ovos), é necessário chocar ovos. Como os pintainhos macho não irão pôr ovos, não têm nenhuma utilidade para uma exploração e são rejeitados logo após saírem da casca. Todos os anos, centenas de milhões de pintainhos recém-nascidos são sufocados ou triturados ainda vivos e utilizados depois em fertilizantes ou rações para outros animais (os bem conhecidos “sub-produtos animais”).
Em praticamente todas as explorações, as pintainhas são mutiladas logo após nascerem. O bico, que é altamente sensível, é-lhes cortado com uma lâmina quente para minimizar os danos que possam causar umas às outras por estarem amontoadas em espaços sobrelotados.
Galinhas
Os pintainhos macho não dão dinheiro e
são tratados como lixo.
Os ovos galados (fecundados por galos) que são utilizados para incubar os pintainhos são provenientes de galinhas que são obrigadas a acasalar continuamente com um galo até ficarem completamente esgotadas.
Seja qual for o tipo de exploração, as galinhas poedeiras são mortas assim que começam a pôr menos ovos, o que costuma acontecer por volta dos 2 anos de idade. É mais barato matar as galinhas e substituí-las por outras do que continuar a alimentar galinhas que já não produzem o máximo. Por vezes, os corpos das galinhas estão tão devastados, que as galinhas são utilizadas para rações, para fertilizantes ou são simplesmente despejadas em aterros.
Galinha a proteger os seus filhotes
Galinha a proteger os seus filhotes.
Livres de exploração, as galinhas podem viver mais de 10 anos. Em qualquer tipo de exploração, seja uma exploração convencional ou uma exploração de “galinhas do campo”, as vidas das galinhas são abruptamente interrompidas depois de uma curta existência.
Em praticamente todas as explorações, as galinhas são criadas aos milhares e levam vidas absolutamente miseráveis, impedidas de agir de acordo com os seus instintos naturais mais básicos (como esgravatar e rebolar na terra) e de socializar com outras galinhas de forma natural. Naturalmente, as galinhas fazem amizades umas com as outras, mas, amontoadas em aviários, o único comportamento possível é o da agressividade ditada pelo instinto de sobrevivência.

Os Porcos

Porcos
Porcos
Corte dos dentes aos porquinhos.
Porcos
Porcos amontoados numa suinicultura.
Porcos
Corpos de leitões no mostrador de um talho.
Os porcos são animais altamente inteligentes e sociais, mas, na indústria da suinicultura, são tratados como se não passassem de recursos inanimados que urge explorar ao máximo e no mínimo espaço de tempo. De acordo com estudos científicos, os porcos são mais inteligentes do que os cães ou do que crianças com 3 anos de idade.
As porcas criadeiras dão à luz mais de 20 porquinhos todos os anos. Os porquinhos são amamentados durante duas ou três semanas, e depois são retirados à mãe. Após passar pela dor de perder os filhotes, a mãe porca é imediatamente forçada a acasalar novamente com o porco reprodutor, pois há que manter a produtividade no máximo.
É prática generalizada os porquinhos serem cruelmente mutilados sem anestesia logo depois de nascerem. As caudas são amputadas e os dentes são cortados para minimizar os estragos que os porcos possam fazer uns aos outros. Além disso, os porcos macho destinados ao consumo são castrados, quase sempre sem recurso a nenhum tipo de anestesia.
Dentro das suiniculturas, é comum o ar estar poluído com poeira e gases irritantes resultantes das fezes dos animais. A fraca qualidade do ar, aliada à sobrelotação e às condições não-higiénicas, fazem das suiniculturas locais ideais para a proliferação de diversas doenças. É muito comum os porcos sofrerem de pneumonia e outras doenças, bem como apresentarem diversos ferimentos físicos. Para minimizar os riscos de doenças, são-lhes administrados rotineiramente antibióticos.
Contrariamente à fama que têm, os porcos são animais muito asseados. Eles gostam de rebolar na lama sobretudo para se refrescarem nos dias mais quentes. Se tiverem espaço, os porcos nunca fazem as necessidades junto do local onde comem ou onde dormem. No entanto, nas explorações pecuárias, são obrigados a viver permanentemente em cima das próprias fezes e da própria urina.
Os leitões, cuja carne é muito apreciada, são porquinhos que são cruelmente abatidos quando ainda são bebés.Estes porquinhos são mortos imediatamente após o desmame ou apenas alguns dias depois. A maioria dos leitões não chega a viver um mês.
Mas os outros porcos não vivem muito mais tempo. Na natureza, os porcos poderiam viver até aos 15 anos de idade. Nas suiniculturas, os porcos criados para alimentação não costumam passar dos 4 meses, altura em que atingem cerca de 100 quilogramas de peso. Graças às rações de engorda que lhes são dadas e ao confinamento em que são mantidos, os porcos ficam prontos para abate quando estão naquilo que seria a sua infância.
Quando chega a altura do abate, a viagem é mais um momento de profundo stress e sofrimento. Os porcos são amontoados em camiões para serem levados para o matadouro, mas muitos não resistem à dureza da viagem. No matadouro, é suposto os porcos serem atordoados antes de serem degolados. No entanto, o atordoamento nem sempre funciona bem e alguns porcos ainda estão completamente conscientes enquanto são içados pelas patas traseiras, degolados e se esvaem em sangue.
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