segunda-feira, janeiro 31, 2011

Factos da Exploração Animal


Os humanos exploram os outros animais das mais diversas formas: utilizam-nos para se alimentarem, vestirem e calçarem; utilizam-nos para se divertirem (touradas, rodeios, circos com animais, espectáculos com animais marinhos, etc.); utilizam-nos para experimentação; e muito mais. Esta página aborda resumidamente algumas práticas na indústria alimentar, que é responsável pela esmagadora maioria da exploração animal a nível mundial.
Apesar de não ser a crueldade específica de cada forma de exploração animal que torna essa exploração injusta —toda a exploração é injusta em si mesma — é importante que tenhamos conhecimento daquilo que são as práticas correntes na indústria.
Não é possível usar os animais sem abusar deles, por mais que se tente adornar a imagem. A alternativa a toda esta exploração é muito simples: torna-te vegano. Não compactues comnenhum tipo de exploração.
Vacas Num Prado
O cenário da vaca “feliz” no prado verdejante, que
a publicidade nos tenta vender.

Agricultura “Humana”?

Numa altura em que as pessoas começam a ter alguma noção de que a exploração animal não é uma coisa bonita, a indústria responde com rótulos para aliviar a consciência dos consumidores: “criado ao ar livre”, “criado no campo”, “free range” ou “cage free”. A maioria dos consumidores quer acreditar que é possível produzir produtos animais de forma “humana”, e cai alegremente nesta ilusão criada pelo marketing da indústria de exploração animal. A verdade é que a esmagadora maioria destes animais vive vidas tão miseráveis quanto os outros animais explorados na indústria, e todos sem excepção são cruelmente abatidos quando ainda são jovens. Não tenhas dúvidas: exploração “humana” é uma coisa que não existe nem nunca irá existir.
Claro que é possível imaginar uma “quinta” familiar onde os animais têm liberdade para passar os dias no campo, muito próximo do que seria o seu comportamento natural. No entanto, mesmo nessas condições aparentemente ideais, os animais continuariam a ser sexualmente manipulados, continuariam a ser mortos no auge da sua vida, continuariam a ser transportados para o matadouro em condições que são sempre física e psicologicamente violentas, e continuariam a experienciar o aterrorizante cheiro a morte do matadouro e uma matança sem dó nem piedade.

As Vacas “Felizes”, o Leite e o Queijo

Vacas Numa Exploração de Produção de Leite
Vacas numa exploração de produção de leite.
Muitas pessoas julgam que as vacas produzem leite por obra e graça do Espírito Santo, mas a realidade é bem mais mundana.Para manter uma produção ininterrupta de leite, as vacas têm de ser repetidamente forçadas a engravidar e a dar à luz um filho.
As vacas são engravidadas através de inseminação artificial, o que envolve a introdução forçada de um braço no recto da vaca para posicionamento do útero, enquanto um instrumento para depósito do sémen é empurrado pela vagina. Para recolha do sémen, é comum utilizar-se um boi macho castrado a fazer o papel de fêmea, já que uma fêmea não conseguiria aguentar tantas montas consecutivas. O sémen é recolhido enquanto o boi reprodutor é obrigado a montar o boi castrado.
Vacas Numa Exploração de Produção de Leite
Vacas numa exploração de produção de leite.
As vacas são animais extremamente sociais e com fortes laços familiares, mas são constantemente obrigadas a ver os filhos recém-nascidos serem-lhes tirados. O processo de separação é agonizante tanto para a mãe como para o filho, e é comum ambos gritarem um para o outro enquanto são afastados.Algumas vacas emitem sons de lamento durante vários dias após lhes serem retirados os filhos.
Os vitelos macho filhos das vacas leiteiras não têm nenhuma utilidade para a exploração de leite, pelo que são vendidos para consumo e são castrados para terem uma carne mais tenra. As vitelas fêmea podem ser encaminhadas para consumo ou ficar na exploração para substituírem vacas leiteiras esgotadas.
Por volta dos 6 anos de idade, que seria apenas o princípio da idade adulta na natureza, as vacas estão esgotadas física e psicologicamente, e isso reflecte-se no declínio da produção de leite. Dado que a margem de lucro é para manter, as vacas extenuadas são rapidamente vendidas para abate.
Inseminação Artificial de uma Vaca
Procedimento de inseminação artificial de uma vaca.
Após terem passado por diversas inseminações forçadas, partos dolorosos, separações angustiantes e ordenhas sem descanso, espera-as agora o aterrorizante matadouro com o seu característico e nauseabundo cheiro a morte. Mas, antes disso, falta ainda passar pelo calvário do transporte para o matadouro. O transporte costuma ser particularmente penoso para as sofridas vacas leiteiras, uma vez que muitas padecem de dolorosas inflamações no tecido mamário (mastite) e de osteoporose. Muitas vacas ficam tão debilitadas, que nem são capazes de andar quando chegam ao matadouro.
No matadouro, as vacas são atordoadas com uma pistola que dispara um êmbolo retráctil que lhes causa uma lesão grave no cérebro e, se tiverem sorte, a perda dos sentidos. Em seguida, são içadas por uma das patas traseiras e degoladas enquanto ainda têm o coração a bater, de modo a que o sangue seja expelido para fora do corpo. Por vezes, as vacas ainda estão conscientes quando são degoladas.
Cada compra de produtos com leite, queijo ou outros lacticínios contribui para esta terrível exploração, independentemente de ser proveniente de pecuária convencional ou pecuária dita “humana”.
Livres de exploração, em santuários, as vacas podem viver vidas felizes durante mais de 20 anos.

As Galinhas, os Pintainhos e os Ovos

Galinhas
Uma moderna exploração de ovos cage free.
Muitas pessoas julgam que as galinhas são tratadas condignamente na produção de “ovos do campo”, de “ovos de galinhas em liberdade” ou de ovos cage free. Na verdade,praticamente todos os ovos cage free são produzidos em explorações industriais intensivas onde as galinhas se amontoam aos milhares em grandes armazéns escuros e passam por um inferno idêntico ao das galinhas poedeiras enjauladas. Nestes aviários, a concentração de fezes e detritos é tão elevada, que se formam gases tóxicos como o gás amoníaco ou o gás sulfídrico.
Galinhas
Corte do bico aos pintainhos.
Para haver galinhas poedeiras (ou seja, as galinhas seleccionadas para pôr ovos), é necessário chocar ovos. Como os pintainhos macho não irão pôr ovos, não têm nenhuma utilidade para uma exploração e são rejeitados logo após saírem da casca. Todos os anos, centenas de milhões de pintainhos recém-nascidos são sufocados ou triturados ainda vivos e utilizados depois em fertilizantes ou rações para outros animais (os bem conhecidos “sub-produtos animais”).
Em praticamente todas as explorações, as pintainhas são mutiladas logo após nascerem. O bico, que é altamente sensível, é-lhes cortado com uma lâmina quente para minimizar os danos que possam causar umas às outras por estarem amontoadas em espaços sobrelotados.
Galinhas
Os pintainhos macho não dão dinheiro e
são tratados como lixo.
Os ovos galados (fecundados por galos) que são utilizados para incubar os pintainhos são provenientes de galinhas que são obrigadas a acasalar continuamente com um galo até ficarem completamente esgotadas.
Seja qual for o tipo de exploração, as galinhas poedeiras são mortas assim que começam a pôr menos ovos, o que costuma acontecer por volta dos 2 anos de idade. É mais barato matar as galinhas e substituí-las por outras do que continuar a alimentar galinhas que já não produzem o máximo. Por vezes, os corpos das galinhas estão tão devastados, que as galinhas são utilizadas para rações, para fertilizantes ou são simplesmente despejadas em aterros.
Galinha a proteger os seus filhotes
Galinha a proteger os seus filhotes.
Livres de exploração, as galinhas podem viver mais de 10 anos. Em qualquer tipo de exploração, seja uma exploração convencional ou uma exploração de “galinhas do campo”, as vidas das galinhas são abruptamente interrompidas depois de uma curta existência.
Em praticamente todas as explorações, as galinhas são criadas aos milhares e levam vidas absolutamente miseráveis, impedidas de agir de acordo com os seus instintos naturais mais básicos (como esgravatar e rebolar na terra) e de socializar com outras galinhas de forma natural. Naturalmente, as galinhas fazem amizades umas com as outras, mas, amontoadas em aviários, o único comportamento possível é o da agressividade ditada pelo instinto de sobrevivência.

Os Porcos

Porcos
Porcos
Corte dos dentes aos porquinhos.
Porcos
Porcos amontoados numa suinicultura.
Porcos
Corpos de leitões no mostrador de um talho.
Os porcos são animais altamente inteligentes e sociais, mas, na indústria da suinicultura, são tratados como se não passassem de recursos inanimados que urge explorar ao máximo e no mínimo espaço de tempo. De acordo com estudos científicos, os porcos são mais inteligentes do que os cães ou do que crianças com 3 anos de idade.
As porcas criadeiras dão à luz mais de 20 porquinhos todos os anos. Os porquinhos são amamentados durante duas ou três semanas, e depois são retirados à mãe. Após passar pela dor de perder os filhotes, a mãe porca é imediatamente forçada a acasalar novamente com o porco reprodutor, pois há que manter a produtividade no máximo.
É prática generalizada os porquinhos serem cruelmente mutilados sem anestesia logo depois de nascerem. As caudas são amputadas e os dentes são cortados para minimizar os estragos que os porcos possam fazer uns aos outros. Além disso, os porcos macho destinados ao consumo são castrados, quase sempre sem recurso a nenhum tipo de anestesia.
Dentro das suiniculturas, é comum o ar estar poluído com poeira e gases irritantes resultantes das fezes dos animais. A fraca qualidade do ar, aliada à sobrelotação e às condições não-higiénicas, fazem das suiniculturas locais ideais para a proliferação de diversas doenças. É muito comum os porcos sofrerem de pneumonia e outras doenças, bem como apresentarem diversos ferimentos físicos. Para minimizar os riscos de doenças, são-lhes administrados rotineiramente antibióticos.
Contrariamente à fama que têm, os porcos são animais muito asseados. Eles gostam de rebolar na lama sobretudo para se refrescarem nos dias mais quentes. Se tiverem espaço, os porcos nunca fazem as necessidades junto do local onde comem ou onde dormem. No entanto, nas explorações pecuárias, são obrigados a viver permanentemente em cima das próprias fezes e da própria urina.
Os leitões, cuja carne é muito apreciada, são porquinhos que são cruelmente abatidos quando ainda são bebés.Estes porquinhos são mortos imediatamente após o desmame ou apenas alguns dias depois. A maioria dos leitões não chega a viver um mês.
Mas os outros porcos não vivem muito mais tempo. Na natureza, os porcos poderiam viver até aos 15 anos de idade. Nas suiniculturas, os porcos criados para alimentação não costumam passar dos 4 meses, altura em que atingem cerca de 100 quilogramas de peso. Graças às rações de engorda que lhes são dadas e ao confinamento em que são mantidos, os porcos ficam prontos para abate quando estão naquilo que seria a sua infância.
Quando chega a altura do abate, a viagem é mais um momento de profundo stress e sofrimento. Os porcos são amontoados em camiões para serem levados para o matadouro, mas muitos não resistem à dureza da viagem. No matadouro, é suposto os porcos serem atordoados antes de serem degolados. No entanto, o atordoamento nem sempre funciona bem e alguns porcos ainda estão completamente conscientes enquanto são içados pelas patas traseiras, degolados e se esvaem em sangue.
Logótipo Muda o Mundo
Rejeita a violência, abraça o veganismo.

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