segunda-feira, julho 26, 2010

Com... Sequências (2)

Por Lucinda Ferreira
A proteção dos animais faz parte da moral e da cultura de um Povo
Victor Hugo
Felizmente que posturas espirituais, como por exemplo os seguidores de Dalai Lama, sabem que matar animais por desporto, prazer, aventura e até por suas peles, é um fenómeno cruel e repugnante ao mesmo tempo. Nada justifica tal brutalidade. Penso muitas vezes: Enquanto o ser humano pode albergar no seu íntimo a vingança, o ódio, a crueldade, um animal é puro demais e muito superior a esse mau hábito que o ser humano tem de usar mal a sua liberdade. Um animal esquece logo tudo de mal que lhe fazem.Vemos, como um animal leva pauladas, atiram-lhe para cima água a ferver, fome, sede, brincam a ver quem atropela o bichinho, enfim todos vemos coisas muito feias que se fazem aos nossos “irmãos menores”, e de seguida ele tudo esquece. Ao ver o seu dono, corre para ele de novo e enche-o de carícias, cheio de alegria. Abana o rabito, lambe-o (se ele deixar…), manifesta a sua grande alegria, esquecendo todas as maldades de que foi alvo.
Se ao menos o homem aprendesse esta lição de perdão e bondade, seria bom…“A compaixão para com os animais é uma das mais notáveis virtudes do ser humano”, já dizia também Charles Darwin.

Amiudadas vezes estou condenada a ouvir, com inquietação e impotência, alguém que ao chegar a casa, descarrega com pauladas no seu animal, a raiva, o stress que acumulou durante o dia. O desgraçado do cão, com fome, sede, excessivo calor ou frio, sozinho, corre feliz ao ver a dona, mas é ele que “paga as favas”…É ainda insultado com palavras muito feias, que tem de engolir com lágrimas, enquanto esperava com alegria a chegada dos donos para lhe fazerem uma festa e lhe darem comida e água…É difícil ouvir esta luta desigual contra um pobre cão que nada percebe destas atitudes desequilibradas, mas que tudo tem que suportar pacientemente, sem se poder defender. Se reagisse, logo seria abatido…Mas isto é uma amostra mínima do sofrimento dos animais. Também há quem no calor da discussão, com o carro em movimento, atire o pobre animal pela janela…Imagine-se a dor do bicho, assim cuspido e abandonado. Agora que as férias se aproximam, muitos animais serão abandonados, sem qualquer pejo.
O sentido da responsabilidade manifesta-se nestes gestos… sem dúvida. Mas não espere coisa boa, quem assim trata e abandona, seres indefesos, fracos e incapazes de fazerem greves ou na manifestações ou mesmo de se defenderem.Mas como tudo fica escrito no livro da vida, não esperem pela demora… as pessoas que não têm compaixão por quem sofre. “Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres dos planos inferiores, não conhecerá nem saúde, nem paz! Enquanto os homens massacrarem os animais, eles irão matar-se também uns aos outros.Aquele que semeia a morte, o sofrimento, não pode colher a alegria e o amor” diz Pytagoras.
O grande bailarino e coreógrafo, Vaslav Nijiusky, conta que não come carne porque, um dia, viu um carneiro e um porco a ser mortos.“Vi e senti a dor desses animais… Eles sentem a aproximação da morte . Não consegui suportar a cena. Chorei como uma criança. Corri para o topo da colina e mal consegui respirar… senti-me sufocado… senti a morte do carneiro.
Do mesmo modo, que um dia sonhei que estava a comer o meu gato, quando comia coelho. Nunca mais consegui comer tal animal e esforço-me par aprender a alimentar-me sem carne. E na verdade a minha saúde sente grandes melhoras, felizmente. Aliás os animais criados em cativeiro, mortos com tanto sofrimento, cheios de antibióticos… são a maior fonte de doenças, porque ao comê-los são mais as toxinas do que os benefícios…

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