domingo, novembro 06, 2011

O Futuro

A Indústria Tauromáquica afirma:
“Nobre e bravo, o touro cresce em combate e na arena exerce a sua bravura. O touro bravo existe porque a festa brava existe. Se a tourada for banida, um património cultural com tradição em Espanha, Portugal e América Latina será irreversivelmente mutilado”.

Os factos são:

As sociedades humanas e culturas mudam ao longo do tempo. Hábitos sociais e culturais considerados aceitáveis outrora deixam de ter lugar na sociedade europeia moderna. Se o bem-estar humano ou animal for comprometido, a tradição deixa de ser um factor importante quando se considera se um costume deverá ou não ser banido.

O nosso conhecimento do bem-estar psicológico e físico dos animais melhorou bastante durante os últimos 100 anos. A forma como os touros são tratados durante a tourada é contrária aos valores do bem-estar animal aceites em qualquer sociedade moderna. Agora sabemos que os touros – tal como outros mamíferos – são seres sencientes, capazes de sentir dor e sofrimento. A afirmação de que o touro cresce em combate e que aprecia ser torturado e morto numa arena desafia a razão.

Todas as estáticas demonstram uma tendência clara de que a oposição à tourada está a crescer em todos os países europeus onde ocorrem touradas. Em particular, as gerações mais novas mostram muito pouco interesse neste passatempo cruel. O facto de estarmos a ensinar as gerações futuras – as nossas crianças – a respeitar o ambiente e os animais inevitavelmente significa que a relação entre os humanos e os animais está a alterar-se. O Homem e o touro podem continuar a coexistir pacificamente. Os touros poderiam ser mantidos em reservas naturais especiais, estabelecidas especialmente para preservar diversas espécies.

A União Europeia (UE) já demonstrou liderança e empenho em relação a diversos temas de bem-estar animal ao introduzir diversas melhorias na forma como são tratados os animais de quinta e animais selvagens. O futuro entre nós e os animais depende das políticas progressivas da UE.

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