quinta-feira, agosto 05, 2010

Defensores dos animais protestam frente ao Campo Pequeno

Pintados com as cores da Catalunha e de Portugal, defensores dos animais vão protestar hoje frente ao Campo Pequeno para pedirem a proibição das touradas em Portugal, à semelhança do que aconteceu naquela região espanhola.
Este protesto foi desvalorizado pelo cavaleiro Paulo Caetano, considerando que esta ação tem “objetivos políticos” e é a única forma destes movimentos “serem ouvidos”.

A presidente da Associação Animal, Rita Silva, disse hoje à agência Lusa que os “aficionados não têm o direito às touradas e o espetáculo visa apenas ferir e matar o touro”, advogando que “Portugal deve seguir a proibição desta atividade à semelhança da Catalunha”.

O Campo Pequeno é o símbolo das touradas em Portugal, pelo que é o lugar para os associados da Animal protestarem, uma vez que “não há lugar nos dias de hoje para esta atividade cruel e que explora os animais”, afirmou.

O cavaleiro Paulo Caetano argumenta, por seu lado, que os protestos contra a tauromaquia têm “apenas objetivos políticos, porque os espetadores nas touradas têm aumentado, sobretudo jovens, o que traduz que as associações ditas defensoras dos animais estão fora do contexto”.

“As associações não fazem a menor ideia do trabalho desenvolvido em volta da arte do toureio, e aproveitam a festa brava como uma oportunidade para se fazerem ouvir”, afirmou o cavaleiro.

Paulo Caetano disse também “não perceber como povo espanhol aceitou a proibição desta arte na Catalunha” o que pode dar origem a “confrontos sociais muito complicados”.

Esta noite os manifestantes da Animal vão protestar com os corpos pintados com as cores da bandeira da região espanhola e as da bandeira nacional, no sentido de “abolir práticas bárbaras como a tauromaquia”, em Portugal, concluiu Rita Silva.

Esta noite a partir das 10:15 vai realizar-se uma corrida de touros à antiga portuguesa, em homenagem ao emigrante com transmissão televisiva, com atuação dos cavaleiros Joaquim Bastinhas, Ana Batista, Marcos Bastinhas e Isabel Ramos, e os forcados de Moura, Elvas e do Redondo.

Fonte: Diário Digital / Lusa

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