terça-feira, julho 20, 2010

'Pet-sitters' cuidam do cão, das galinhas e regam a horta

'Pet-sitters' cuidam do cão, das galinhas e regam a horta
Depois dos hotéis para deixar os animais durante as férias, ou noutras ocasiões, já há empresas que vão a casa dar de comer aos animais, passeá-los e até cuidar do jardim. Todas excelentes alternativas para evitar o abandono, que é tão comum nos períodos de férias. Cada deslocação das empresas implica entre os oito e os 15 euros, dependendo das necessidades específicas de cada animal. A procura destes serviços tem aumentado muito, garantem os empresários ao DN.

Quer ir de férias e não pode levar o seu animal consigo? Esta é uma preocupação de muitos donos de animais durante as férias. Para fazer face a este problema, muitas empresas dão alojamento temporário a animais - cães, gatos e aves e até animais exóticos - e há mesmo quem vá a casa do cliente dar de comer e passear o animal.
Além dos hotéis para animais, outro conceito está em desenvolvimento no mercado: o pet-sitting. "Vamos a casa das pessoas e tomamos conta dos cães, fazemos o mesmo que os donos costumam fazer", sublinha Pedro Sena, da Cão VIP. A empresa cobra 15 euros por cada deslocação, independentemente do número de cães que tem de tratar. "Normalmente trabalhamos com vivendas, porque é mais fácil, as pessoas não têm de nos dar acesso à casa", acrescenta Pedro Sena.
Já Fernando Silva, da Doggy-Sitter, toma conta de todo o tipo de animais. "Agora vamos ter um serviço em que vamos cuidar do cão, das galinhas, dos pombos e ainda vamos regar a horta", explica. Tudo pelo preço de oito euros por visita a cada cão. Que aumenta para 15 se forem duas visitas e 21 euros para três. "Os gatos, como dão menos trabalho, cobramos sempre oito euros", frisa Fernando Silva.
Os dois empresários dizem que trabalho não falta e Fernando Silva afiança que permite mesmo "trabalhar a tempo inteiro". "É um serviço que as pessoas procuram muito, até porque os hotéis para animais rapidamente ficam cheios", frisa Pedro Sena.
"De facto, esta é uma actividade com maior procura sobretudo no Verão", confirma António Lopes, da Quinta das Patinhas, em Cascais. João Barba, da Valverde - Hotéis para Animais, acrescenta que além deste período "também no Natal, passagem de ano, Páscoa e Carnaval há alguma procura". Por isso, sobretudo no caso dos hotéis para animais, os proprietários procuram adaptar os espaços para as várias épocas do ano.
Na Quinta das Patinhas, por exemplo, os hóspedes têm direito a "banhos, transporte e passeios num amplo espaço verde, onde podem conviver com outros cães", afirma António Lopes. Por 12 euros por dia, os cães de pequeno porte, e 14, os maiores. Além disso, os "hóspedes" têm ainda direito a banhos e tosquia.
Já na Valverde - Hotel para Animais, explica João Barros, a procura estende-se "sobretudo durante o segundo semestre do ano, além do período de Páscoa e Carnaval". "No Inverno, o chão das boxes é aquecido, porque a maioria dos animais vive dentro de casa", salienta o responsável desta unidade hoteleira.
Aqui, os donos pagam uma diária de 19,95 euros e os seus animais têm direito a alimentação, banhos, tosquias e transporte para o hotel se necessário. Além disso, explica João Braga, "o hotel tem um acordo de parceria com a TAP, através do cartão de passageiro frequente, em que por cada euro gasto o cliente acumula três milhas". Já os sócios do Sporting Clube de Portugal e do Automóvel Clube de Portugal têm direito a um desconto de 5%.
Certo é que os períodos de férias dos donos, e consequentemente dos animais, têm vindo a mudar. "Antigamente havia uma maior programação, agora às vezes acontece ligarem a dizer que vêm aqui deixar o animal", refere João Braga. Já segundo Hugo Reis, do Hotel Canino d'Além Machede, "as pessoas saem cada vez menos". "A estadia média é de sete dias quando antes era de 15 dias a três semanas", salienta.
DN

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