quarta-feira, setembro 07, 2011

Animais no Entretenimento


Circos Com Animais


O Absurdo dos Animais nos Circos

No seu meio selvagem e de acordo com as suas características fisiológicas e psicológicas, os ursos usados nos circos nunca andariam de bicicleta, os babuínos nunca montariam póneis, os tigres e leões nunca passariam por entre arcos em chamas e os elefantes nunca se manteriam apenas em duas patas.

Os Animais são Ridicularizados nos Circos

Na verdade, as actuações de animais em circos apresentam uma visão distorcida da vida selvagem e de como aqueles animais são, mostrando sempre animais como caricaturas de humanos ou animais ridicularizados, em situações que lhes impõem uma vida de encarceramento em condições miseráveis e de condicionamento e treinos de grande violência, cujo objectivo é levá-los a executar as actuações que lhes são mais estranhas.

Do Meio Selvagem ou do Zoo para a Depressão nos Circos

Muitos dos animais que são usados nos circos foram violentamente capturados no meio selvagem, tendo as suas famílias sido mortas para esse fim. Outros foram comprados a jardins zoológicos, de onde também são separados das suas famílias. Outros ainda são comprados a outros circos. Em qualquer caso, os animais de circo têm sempre passados traumáticos e, fruto da maneira como são mantidos e tratados enquanto são usados para os espectáculos circenses, estão condenados a uma vida de permanente angústia e depressão.

O Stress e os Distúrbios Comportamentais

A ansiedade e o stress resultantes das muito pobres condições de bem-estar em que são mantidos e da violência da condução, do maneio e dos treinos a que são submetidos fazem com que os animais fiquem com distúrbios comportamentais graves, nomeadamente a repetição permanente dos mesmos movimentos sem sentido, que indicam que os animais estão já alheados do mundo, de tal modo estão perturbados pela sua escravidão no circo. Outros comportamentos estereotipados, como a auto-mutilação, tomam conta dos animais, que, de tédio, facilmente cedem à pressão e entram num autêntico estado de loucura.


Os Treinos Violentos

A lição mais importante que os animais aprendem, desde bebés, nos circos é que, se desobedecerem, serão castigados violentamente. Durante todas as suas vidas, tigres, leões, elefantes, ursos, chimpanzés, babuínos, zebras, camelos, girafas, póneis, cavalos, cães e outros animais, vêm os seus momentos de tédio marcados pela apatia que resulta do encarceramento permanente em jaulas pouco maiores do que os próprios animais, momentos que são apenas interrompidos por sessões de treino cruéis, em que o espancamento, o uso de aguilhões-gancho e de chicotes e a electrocussão são os meios de treino. A violência e o medo fazem parte do dia-a-dia destes animais e são os ingredientes para que a actuação destes aconteça.

O Mau Estar

Quanto mais exóticos e especiais são os animais nos circos, mais fechados estão. O lar de qualquer animal num circo é, normalmente, uma jaula pouco maior do que o próprio animal, que é também o vagão que serve para o transportar, e onde o animal passa a maior parte da sua vida, fechado. É frequente as jaulas estarem sobrelotadas, onde os animais mal se podem movimentar, como se as mínimas dimensões destas não fossem já suficientes. Animais que, no meio selvagem, correriam dezenas de quilómetros por dia, são forçados a passar quase todas as horas dos seus dias em jaulas exíguas, vivendo muitas vezes sobre as próprias fezes e urina, sem se poderem exercitar, ficando aborrecidos e deprimidos pelo tédio e muito desconfortáveis com a total falta de higiene.

O Transporte e as Doenças

Durante o transporte, os animais viajam em condições igualmente pobres, sujeitos a todas as condições climatéricas, expostos ao frio e ao calor, mesmo quando as suas características biológicas colidem frontalmente com estas condições. Acresce ainda o facto de muitos animais ficarem aleijados e com deficiências crónicas em resultado das correntes que lhes são aplicadas durante muito do seu tempo de reclusão. Mesmo para os animais que têm direito a ser mantidos em espaços pequenos de recreio, como acontece por vezes com cães, póneis, lamas e camelos, é muito comum que, para viagens do circo de uma localidade para outra que demorem apenas uma hora, os animais estejam fechados nos vagões durante mais de dezasseis horas. Para os animais que nunca têm espaços de recreio, a chegada a uma nova localidade apenas significa que poderão respirar um pouco melhor, pelo facto das suas jaulas/vagão passarem a estar mais abertas.

Espectáculos Degradantes e Anti-Pedagógicos

ANIMAL defende que a utilização de animais em circos, por ser cruel e impor-lhes um grande sofrimento físico e psíquico, não é aceitável e deve ter um fim. Desafia os mais elementares princípios da conservação das espécies e revela-se um entretenimento mórbido, conseguido a partir da miséria dos animais usados para este fim, assim como anti-pedagógico, pois leva as crianças – principal público dos circos – a ficarem com ideias completamente erradas acerca de como os animais são.

O Circo Pode e Deve Existir, Mas Sem Animais

ANIMAL acredita que, enquanto o circo com animais é o pior espectáculo do mundo, já o circo sem animais tem todas as condições para ser o “maior espectáculo do mundo”. Por todo o mundo, companhias de circo tradicional abandonaram o uso de animais e apostaram a sua energia nas actuações de artistas humanos – essas sim, admiráveis. Na corrente do “Novo Circo” – que tem como opção artística ter apenas a participação de artistas humanos –, circos como o “Cirque du Soleil”, o “Cirque Plume” e outras grandes companhias de novo circo maravilham o público em todo o mundo, com os seus trapezistas, malabaristas, actores, palhaços, contorcionistas e outros artistas, que escolheram fazer parte de um espectáculo admirável onde os animais não devem estar e onde só podem estar se forem violentamente forçados a isso.

Boicote os Circos Com Animais

O apelo da ANIMAL é claro: não contribua para a miséria e sofrimento dos animais de circo. Não ajude a que continuem a ser cruelmente explorados desta maneira. A solução é simples: não visite circos com animais. O sofrimento, o medo e a angústia deles não são espectáculo.

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