sábado, agosto 21, 2010

Cornomania

Já em tempos falei das touradas e referi que a mim não me dizem nada. Não acho piada embora aprecie saber que uma determinada “pega” corre mal e um ou dois forcados são corneados pelo bicho. Depois acho patética toda a terminologia associada á tauromaquia, como, por exemplo, a Alternativa. Um dos cartazes publicitários a uma corrida de touros referia “30 anos de alternativa de um Joaquim Bestinhas”. Achei delicioso ver um toureiro “bestinhas” a tourear uma besta, tipo Sansão e Golias… Mas alternativa de quê ou a quê? Depois, todo este tipo de evento conta com a participação de um grupo de forcados que, pelo sinal, são todos amadores. Nunca me constou que algum forcado fosse apresentado como profissional, assim como se calhar não existe nenhum toureiro amador… sei lá! É tudo muito confuso nessas lides de lidar touros.

Bom, esta ladainha veio à baila porque, ao mesmo tempo que escrevo estas bicuradas – lembro que não gosto nem percebo nada de touradas - a não ser aquelas que se passam na cama (e onde muitas vezes quem é lidado sou eu) – está a acontecer um boicote ao canal 1 da RTP por causa da transmissão de uma tourada. O boicote partiu de um grupo de indignados do Facebook e que gerou logo uma série de discussões entre os apoiantes e os contestatários da Tauromaquia (que só não é “touromaquia” para irritar!). E foi precisamente neste fórum que recolhi as mais cretinas manifestações de apoio às touradas, a maioria delas suportada pela condição cultural, ou seja, somos todos, hoje, como eram os Homo neanderthalensis há uns milharzitos de anos atrás. Aliás, nem se deveria falar em violência doméstica já que, no paleolítico, era um gesto de amor dar uma mocada na cabeça da catraia amada e arrasta-las para dentro de uma caverna. É uma questão cultural e, por este motivo, podemos validar os atentados aos direitos humanos que, ao abrigo deste princípio, vai acontecendo por esse mundo fora.

Um outro argumento dos defensores das touradas é que o touro é um animal nobre e predestinado a morrer ou sofrer na arena. Esta é de gritos e não deixo de imaginar um touro a recorrer ao harakiri (prática suicida japonesa) se for directo para o matadouro sem passar pelo Campo Pequeno. Dai-me luz!!!!!!!!!!!!!!

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