domingo, março 14, 2010

Tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura

Tauromaquia ganha peso no CNC
2010-02-23

A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, criou uma secção especializada em Tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura (CNC). Um despacho de 11 de Fevereiro, ontem publicado em Diário da República, cria a entidade destinada a "emitir pareceres e recomendações sobre questões relativas à concretização de políticas, objectivos e medidas a desenvolver" na tauromaquia.

A nova secção, que será presidida pelo inspector-geral das Actividades Culturais, junta representantes do Estado (Direcção-Geral das Artes, da Saúde e de Veterinária) a figuras escolhidas por associações do sector. Terão assento toureiros, forcados, criadores de touros de lide, directores de corrida, veterinários com actividade taurina e empresários tauromáquicos.

Rui Bento Vasques, responsável pelo Campo Pequeno, elogiou a ministra por uma medida que "fortalece toda a actividade do sector" e é o "melhor golpe e no momento mais oportuno" contra quem contesta as touradas. Gabriela Canavilhas é aficionada e participou, enquanto directora-geral da Cultura dos Açores, no Fórum Mundial da Cultura Taurina, que decorreu na Terceira em 2009. Segundo o gestor da principal praça de touros portuguesa, a criação da secção permitirá "alterar para melhor" o regulamento dos espectáculos taurinos.
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Tauromaquia no Conselho Nacional de Cultura
24 de Fev de 2010‎
Outro dos objectivos da Secção de Tauromaquia, agora instituída por Gabriela Canavilhas tem a ver com a apreciação e debate de propostas legislativas ou regulamentares que sejam submetidas ao membro do Governo responsável pela área da cultura.

Fazem parte deste órgão de Consulta do Ministro da Cultura os representantes das diversas entidades socioprofissionais do sector tauromáquico, o Inspector-geral das Actividades Culturais, o Director-geral das Artes e os Directores gerais de Veterinária e da Saúde, o Bastonário da Ordem dos Veterinários, bem como a Associação Nacional de Municípios e a União das Cidades e Vilas Taurinas.

Integrarão também esta secção três individualidades de reconhecido mérito, tendo em conta a sua experiência e conhecimento em matérias relacionadas com a tauromaquia.
Fonte

Canavilhas de parabéns
03 Março 2010
por Maurício do Vale
Para mim, não é surpresa. Quando, neste espaço, saudei a então nomeada ministra da Cultura Gabriela Canavilhas, confessei a expectativa que a mesma significava, pois eu com ela conversara em Angra do Heroísmo, concluindo que se tratava de uma pessoa de enorme sensibilidade
Criado o Conselho Nacional de Cultura, o respectivo Ministério inclui a secção de Tauromaquia. Trata-se de uma secção especializada permanente. Um bom exemplo à imagem do que, há anos, se faz noutros países. A cultura taurina, tal como a ministra Canavilhas, está de parabéns.

RTP - PONTOS NOS IS
As Touradas dividem os Portugueses.
E parece não haver consenso possível entre os que defendem a Festa Brava e os que a condenam.
Neste ""Pontos nos Is"" as posições extremadas de Maurício do Vale - comentador e crítico tauromáquico,
e Rita Silva - Presidente da Associação ANIMAL.
Apresentação de Mário Figueiredo.

Touradas: a favor e contra


RTP Memória debate tourada
Na próxima sexta-feira, dia 12, quando forem 22h30, a RTP Memória tem programada a transmissão de um debate em torno da tauromaquia. Esse programa terá a duração de uma hora e reúne, frente a frente, Rita Silva, uma dirigente da Associação Animal, e Mauricio do Vale, enquanto a moderação será assegurada pelo jornalista Mário Figueiredo.
Tratar-se-á de uma discussão entre dois representantes de lados opostos, sendo que me preocupo e tenho respeito por todos aqueles que vão assistir ao programa, nomeadamente os que possam ter dúvidas sobre a festa de touros a partir das muitas imprecisões, mentiras e especulações que alguns tentam transmitir quando fazem campanhas antitaurinas.
Estou em crer que este frente-a-frente que será transmitido na próxima sexta-feira – com uma repetição do programa marcada para sábado, dia 13, às 07h00, mais uma vez na RTP Memória – vai constituir motivo de interesse também para os aficionados, que vêem a sua tauromaquia ser defendida com toda a dignidade e eficácia, passe a imodéstia.


Conselho Nacional reuniu para deliberar regulamento
por Agência Lusa, Publicado em 10 de Março de 2010

O Conselho Nacional de Cultura (CNC) reuniu hoje pela primeira vez para debater o regulamento interno, e voltará a reunir-se em maio, disse à Lusa a ministra da Cultura.
"A ordem de trabalhos desta reunião foi a aprovação do regulamento interno e a adoção dos procedimentos de funcionamento", disse Gabriela Canavilhas.
Para a reunião plenária de maio, a ministra espera já resultados das diferentes reuniões setoriais que até lá irão decorrer.
"As diferentes secções vão reunindo periodicamente com os seus presidentes e vão alimentando a temática, o debate e a reflexão cultural, que depois se discutirá e deliberará em plenário", afirmou a ministra.
Gabriela Canavilhas afirmou-se convencida de que em maio "já se terá uma série de grandes linhas estratégicas e assuntos para deliberar, resultado do trabalho que as secções foram desenvolvendo".
O CNC reúne em plenário, obrigatoriamente, duas vezes por anos, mas poderá reunir sempre que a ministra o solicitar.
O Conselho é constituído pelas seguintes secções: Livro e das Bibliotecas; dos Arquivos, dos Museus e da Conservação e Restauro; do Património Arquitectónico e Arqueológico; do Cinema e Audiovisual; do Direito de Autor e dos Direitos Conexos, das Artes; e da Tauromaquia.
Integram também o CNC o Centro Português de Fundações, associações nacionais de municípios e de freguesias, Conselho de Reitores, Conselho do Consumo e a Conferência Episcopal Portuguesa.
Por escolha da ministra têm também assento no Conselho Nacional de Cultura dez personalidades: Eduardo Lourenço, Siza Vieira, Rui Vieira Nery, Jorge Salavisa, Ricardo Pais, Inês Pedrosa, Paula Moura Pinheiro, António Pinto Ribeiro, João Lopes e Augusto Mateus.
A ministra poderá apenas reunir-se com este grupo de dez personalidades sempre que o entender.



“A tauromaquia existe e tem que ser regulada”, diz a ministra da Cultura


A ministra da Cultura “não tem uma posição pessoal sobre a tauromaquia” mas este é um sector que está sob a alçada do ministério e como tal “tem que ser regulado”. “Não podemos fazer de conta que não existe”, disse ao PÚBLICO Gabriela Canavilhas, respondendo à polémica que surgiu depois do anúncio de que no recém-reactivado Conselho Nacional de Cultura (CNC) tinham sido criadas duas novas secções: artes e tauromaquia.

No final da primeira reunião do CNC, que decorreu hoje de manhã, a ministra considerou que se está “a empolar desnecessariamente” a questão da tauromaquia, que é “meramente processual”. “Criou-se a ideia de que iríamos introduzir algum tipo de alteração na prática tauromáquica. Não é nada disso”, frisou.

A tauromaquia é uma das áreas que, desde os anos 80, faz parte das competências do Ministério da Cultura e está sob a alçada da Inspecção Geral das Actividades Culturais (IGAC). A esta compete, entre outras coisas, garantir a segurança dos espectáculos artísticos e a promoção e defesa dos autores. “A tauromaquia existe e movimenta 650 mil espectadores. É nossa obrigação cumprir a lei e a lei diz que temos que a regular”, disse Canavilhas.

O anúncio da criação da secção fez já surgir na Internet duas petições. Uma contra, lançada pelo Partido dos Animais, que considera que “a existência de touradas no século XXI constitui um embaraço para Portugal”. E outra, de aficionados, a favor do existência da secção. Houve também alguns artigos de opinião indignados contra a medida, nomeadamente uma crónica de Paulo Varela Gomes no PÚBLICO.

Quanto à primeira reunião do CNC, Canavilhas explicou que se destinou apenas a formalizar a aprovação do regulamento interno e das normas de funcionamento, tendo sido marcada para Maio a próxima, na qual serão já discutidas questões de política cultural. Ontem à noite a ministra esteve reunida com as dez individualidades por ela escolhidas para o CNC – entre as quais o ensaísta Eduardo Lourenço, o arquitecto Siza Vieira, e o economista Augusto Mateus.

“Questionou-se e reflectiu-se sobre a natureza do próprio ministério – o que se espera do Ministério da Cultura”, explicou Canavilhas. Foram também abordados temas muito concretos como “a nova estratégia para os museus; o novo museu que irá celebrar a portugalidade, a viagem e a descoberta; o audiovisual, que está numa fase complexa, a língua, a relação Portugal/Brasil”. Sobre o novo museu, a ministra diz que “há novidades” mas serão anunciadas formalmente e no momento próprio.
in Público



Vieira Nery contra touros na Cultura
11 Março 2010
Nery fala em “retrocesso” 

O musicólogo Rui Vieira Nery aproveitou a primeira reunião do plenário do Conselho Nacional de Cultura, que se realizou ontem no Palácio de Ajuda, para criticar a existência de uma secção especializada de tauromaquia nesse órgão consultivo do Ministério da Cultura, criada por um despacho de Gabriela Canavilhas.

"Considero a decisão inoportuna e inadequada. Parece um retrocesso nas políticas públicas sobre tauromaquia e algo desnecessário, pois não houve uma alteração do consenso nacional a este respeito", disse ao CM o secretário de Estado da Cultura de Manuel Maria Carrilho.
Apesar desta tomada de posição e da existência de uma petição on-line que já conta com oito mil assinaturas, Gabriela Canavilhas disse que "uma actividade que movimenta anualmente mais de meio milhão de consumidores não pode ficar sem regulamentação e sem ser exercida a respectiva tutela".
in CM

12 Março 2010
Em Portugal toda a gente tem opiniões devastadoras. Sobre a tauromaquia, então, trata-se de questões de princípio, de fé e de direito.

Eu não tenho. Atendo aos argumentos de um e de outro lado e vejo como os políticos reagiram com hipocrisia ao tema de Barrancos, encontrando a malandrice de lhe fazer uma lei de exceção. A matéria é controversa, e há quem pense que o mundo devia ser um lugar sem sangue, florido e pastoral. Não é.

Repetindo cerimónias antigas, mesmo alterando tradições, a tauromaquia prolonga uma relação difícil com a natureza e o jogo de vida e morte. O Ministério da Cultura quer ‘regular’ a tauromaquia. Há quem ache ‘inoportuno’. Tenho dúvidas. Regular o quê? O tratamento dos animais? Admito. Mais do que isto é um excesso que não faz muito sentido.

Francisco José Viegas, Escritor


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