quarta-feira, maio 26, 2010

Greenpeace bloqueia Pingo Doce


Greenpeace bloqueia Pingo Doce
Activistas da Greenpeace bloquearam hoje as entradas do supermercado Pingo Doce do Cais do Sodré para alertar os consumidores e "pressionar" a Jerónimo Martins a "garantir a sustentabilidade do peixe que vende", mas o grupo diz que cumpre a lei.
Com menos de um por cento dos oceanos protegidos, a organização defende que "é urgente" parar de compactuar com as práticas de pesca destrutivas que já levaram ao colapso de um terço dos stocks de peixe comercial e agir para travar a perda de vida marinha do planeta.
"Estes supermercados gastam milhões em publicidade, mas recusam-se a assumir a responsabilidade pelo pescado à vendas nas suas lojas", explica a coordenadora da campanha de oceanos da Greenpeace em Portugal, Lanka Horstink.
A Jerónimo Martins "cumpre integralmente os imperativos legais da União Europeia sobre política de pescas", disse à Lusa fonte oficial do grupo, acrescentando que o peixe comercializado nas suas lojas segue as normas definidas.
Para a associação ambientalista, "é fundamental que este retalhista altere a sua estratégia de negócio de modo a incorporar, não só o lucro, mas atender também aos interesses dos seus clientes em ter peixe no futuro".
No terceiro ranking dos supermercados da Greenpeace, que analisa as práticas de compra de peixe das principais cadeias de distribuição alimentar em Portugal, o grupo Jerónimo Martins "foi novamente o pior classificado" pois "insiste em limitar a sua actuação ao cumprimento da lei".
Para Lanka Horstink, com as quotas anuais de pesca estabelecidas para a Europa em média 48 por cento acima das recomendações dos cientistas e com mais de 80 por cento dos stocks de peixe considerados sobre explorados, "seguir as regulamentações definitivamente não basta".


AMBIENTE

Acção da Greenpeace já terminou, mas Pingo Doce continua encerrado

por LusaHoje
A acção de hoje da Greenpeace junto do supermercado Pingo Doce do Cais do Sodré, para pedir que o grupo deixe de contribuir para a destruição dos oceanos, já terminou, mas a loja mantém-se encerrada para manutenção, segundo a empresa.
A porta-voz da Greenpeace, Lara Teunissen, avançou à agência Lusa que activistas da organização "tentaram entregar ao gerente [do supermercado] a chave que permite abrir as grades e retirar os placares que impedem a abertura", mas, "mais uma vez, recusaram receber" os representantes da associação.
Os activistas deixaram a chave à porta do Pingo Doce, "com conhecimento da Polícia" presente no local, acrescentou.
"Não estamos aqui para interromper o negócio de uma forma permanente e sim para transmitir que é urgente que o grupo mude de atitude", deixando de ter uma estratégia de comercialização de pescado que contribui para a destruição dos oceanos, afirmou Lara Teunissen.
Fonte oficial da Jerónimo Martins confirmou que a loja está encerrada e avançou à Lusa que "estava previsto que o supermercado não abrisse na parte da manhã por motivos de manutenção [o que] coincidiu com a acção da Greenpeace".
A associação ambientalista pretende alertar os consumidores e "pressionar" a Jerónimo Martins a "garantir a sustentabilidade do peixe que vende", mas a fonte do grupo disse que a empresa "cumpre integralmente os imperativos legais em vigor determinados pela política de pescas de Portugal e da União Europeia".    
Com menos de um por cento dos oceanos protegidos, a organização defende que "é urgente" parar de compactuar com as práticas de pesca destrutivas que já levaram ao colapso de um terço dos stocks de peixe comercial e agir para travar a perda de vida marinha do planeta.
"Estes supermercados gastam milhões em publicidade, mas recusam-se a assumir a responsabilidade pelo pescado à vendas nas suas lojas", explicou a coordenadora da campanha de oceanos da Greenpeace em Portugal, Lanka Horstink.
No terceiro ranking dos supermercados da Greenpeace, que analisa as práticas de compra de peixe das principais cadeias de distribuição alimentar em Portugal, o grupo Jerónimo Martins "foi novamente o pior classificado", pois "insiste em limitar a sua actuação ao cumprimento da lei".

Sem comentários:

Enviar um comentário