A extinção actual de espécies ocorre a um ritmo tão forte, que já levou vários cientistas a classificarem-na como a sexta grande extinção desde a origem da vida. A cada hora, três espécies desaparecem da face da Terra. Os custos associados aos danos...
A extinção atual de espécies ocorre a um ritmo tão forte, que já levou vários cientistas a classificarem-na como a sexta grande extinção desde a origem da vida. A cada hora, três espécies desaparecem da face da Terra. Os custos associados aos danos ambientais e à extinção de espécies são estimados pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP), entre 2,1 e 4,8 milhões de milhões de dólares por ano.
Entre os fatores mais determinantes para a perda de biodiversidade e a modificação dos ecossistemas encontram-se as alterações no habitat. O uso do solo, a modificação física e a drenagem de água dos rios, a perda de recifes de corais, a exploração excessiva, com destaque para a pesca, a poluição e, claro, as alterações climáticas, concorrem para esta escalada antinatura.
As áreas protegidas representam cerca de 13% da superfície terrestre, sendo que apenas 6% das águas e 0,5% dos mares se encontram sob este estatuto. De acordo com os dados da UNEP, a Terra pode ficar sem 11% das suas áreas naturais até 2050, se não travarmos a perda de biodiversidade.
Na prática, toda a batalha a ser travada pelo desenvolvimento sustentável está encadeada – incluindo o objetivo de eliminação da extrema pobreza no mundo até 2025, um dos oito objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Outra vertente onde Portugal também tem interesses diretos é a floresta. A destruição das florestas não elimina apenas a flora, mas também o habitat das espécies que a habitam. Consequências? Os solos tornam-se menos produtivos, há menos absorção de dióxido de carbono e o planeta aquece ainda mais. No âmbito das reuniões entre União Europeia, o G8 (o grupo dos oito países mais industrializados do mundo) e representantes das economias emergentes, foi traçada uma meta de travar a desflorestação até 2020. Mas as organizações ambientais e os observatórios mantêm-se alerta, em relação os poucos resultados já alcançados.
A manter-se o ritmo atual, o custo da devastação das florestas será equivalente a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2050.
O ex-secretário-geral da ONU Koffi Annan já disse publicamente que só uma “Revolução Verde” permitirá, de uma tacada, encontrar solução para a crise alimentar e, em simultâneo, para o impacto das alterações climáticas.
O genocídio do lince-ibérico
O lince-ibérico é uma das espécies mais ameaçadas no mundo. Está classificada “criticamente em perigo” pelo Livro Vermelho dos Vertebrados em Portugal e a iminência do seu desaparecimento é um sinal claro de que o planeta está mudando.
No início do século XX existiam mais de 100 mil espalhados por toda a Península Ibérica. Hoje, não ultrapassam as duas centenas, o que dá força a um cenário de pré-extinção. Em Portugal não são avistados linces em estado selvagem desde 1980.
O Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico (CNRLI) é um dos exemplos na união de esforços entre Portugal e Espanha para ajudar a travar a ameaça real de extinção.
No dia 4 de abril nasceram no CNRLI, localizado em Silves, as primeiras duas crias de lince-ibérico em cativeiro. O risco de mortalidade nas crias é elevado e uma delas acabou por sobreviver apenas uma semana, desconhecendo-se até o momento as razões que levaram a esse infeliz desfecho. De acordo com dados revelados pelo Programa Ibérico de Cria – nos centros de reprodução de Espanha – dos 28 animais nascidos em cativeiro em 2008, apenas 17 sobreviveram até os dois meses de idade.
Com informações do Jornal de Negócios Online
Olá! Passei rapidinho só para desejar um bom final de semans
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