quarta-feira, março 17, 2010

Biotério vai «melhorar condições» dos animais




A Fundação Champalimaud, patrocinadora do projecto da Azambuja, assegura que este não tem qualquer objectivo comercial 



  • Um dos poucos momentos em que Marley está sossegado

A Fundação Champalimaud garantiu esta quarta-feira que o futuro biotério da Azambuja tem como principal objectivo «melhorar as condições de bem-estar na investigação biomédica» e recusou que o projecto tenha objectivos comerciais.
O investigador da fundação, Rui Costa, foi ouvido na comissão parlamentar de Educação e Ciência a propósito de uma petição contra a construção do Biotério da Azambuja, informa a Lusa.
Rui Costa é um dos responsáveis pela ética do projecto e garantiu que não vai ser construído um biotério com fins comerciais, nem haver experimentação em cães e gatos, assim como se irá cumprir a proibição legal de infligir sofrimento agudo e crónico nos animais.
O investigador lembrou que as empresas que referem não fazer testes em animais usam substâncias activas que foram experimentadas anteriormente por outras companhias, que a isso são obrigadas por lei. Garantiu que com este centro não haverá aumento de produção e que será travado um dos «maiores problemas» a nível do bem-estar dos animais, o transporte.
Rui Costa afirmou que a capacidade de gaiolas poderá variar entre um mínimo de 10 mil e um máximo de 20 mil gaiolas e os custos de manutenção são seis euros semanais por gaiola. O responsável recusou qualquer fim lucrativo e sublinhou que a vantagem económica para as instituições é «gastar menos».
Relativamente à exportação de animais, Rui Costa referiu que o termo é utilizado para definir a «troca de animais com outras instituições europeias em termos de embriões e no âmbito de projectos».

Fonte



Criação do biotério de Azambuja, em Portugal, pode ser cancelada
Mais de 4.500 pessoas assinaram a petição contra a criação do biotério de Azambuja, em Portugal. O local, cujo principal promotor é a Fundação Champalimaud, deverá ser um dos maiores centros da Europa para a criação de animais para experiências científicas.
A plataforma de objeção, que organizou a petição, foi ouvida pela comissão parlamentar de Educação e Ciência. A responsável pela plataforma, Constança Carvalho, afirma que os partidos políticos demonstraram interesse em propor medidas legislativas referentes às propostas apresentados no documento.
Constança acredita que a Fundação Champalimaud deverá “repensar” o seu projeto e construir antes um centro 3R (Reduction, Refinement e Replacement – Redução, Melhoramento e Substituição). A responsável explicou que estes Centros permitem desenvolver alternativas à experimentação animal, e garante que o futuro será reduzir e acabar com essas práticas.
Dados da congênere norte-americana do Infarmed, a Food and Drug Administration (FDA), referem que apenas oito por cento dos medicamentos testados em animais têm resultados positivos. “Os outros 92 por cento não serviram para nada ou foram prejudiciais”, acrescentou Constança, voltando a questionar se vale a pena apostar num modelo que não é 100 por cento eficaz para a Saúde e para a Ciência.
Com informações do Público






Biotério vai «melhorar condições» dos animais


Investigador do biotério foi hoje ouvido na Comissão Parlamentar de Educação e CiênciaInvestigador do biotério foi hoje ouvido na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência (Carlos Lopes)
Fundação Champalimaud garantiu hoje que o futuro biotério da Azambuja tem como principal objectivo “melhorar as condições de bem-estar na investigação biomédica” e recusou que o projecto tenha objectivos comerciais.


O investigador da fundação Rui Costa foi hoje ouvido na comissão parlamentar de Educação e Ciência a propósito de uma petição contra a construção do Biotério da Azambuja, um projecto das fundações Champalimaud, Calouste Gulbenkian e Universidade de Lisboa, que permitirá criar animais a usar na investigação científica.

Apresentando-se como veterinário e um dos responsáveis pela ética do projecto, Rui Costa garantiu que não será construído um biotério com fins comerciais, nem haverá experimentação em cães e gatos, assim como se cumprirá a proibição legal de infligir sofrimento agudo e crónico nos animais.

A petição, com cerca de 5.000 assinaturas, defende que existem soluções mais viáveis em termos científicos e económicos e propõe a criação de um Centro3R em Portugal, que apresenta como a alternativa científica "mais credível".

“Tudo o que se pede (na petição) nós concordamos e temos planos para sermos mais conservadores”, disse Rui Costa, acrescentando concordar com a via dos Centros3R (Reduction, Refinement e Replacement - Redução, Melhoramento e Substituição). No entanto, lembrou que actualmente não há alternativa, nomeadamente a nível de substâncias para tratamento humano, senão os testes em animais.

Lembrou que as empresas que referem não fazer testes em animais usam substâncias activas que foram experimentadas anteriormente por outras companhias, que a isso são obrigadas por lei.

Garantiu que com este centro não haverá aumento de produção e que será travado um dos "maiores problemas" a nível do bem-estar dos animais: o transporte.

Os deputados João Soeiro, do Bloco de Esquerda, e Michele Seufert, do CDS-PP, apontaram contradições entre as declarações do cientista e documentos oficiais de 2008, nomeadamente no que diz respeito à capacidade do biotério, o objectivo de comercialização e a exportação de animais.

Enquanto os documentos apontam uma capacidade entre 20 e 25 mil gaiolas, Rui Costa afirmou que a capacidade poderá variar entre um mínimo de 10 mil gaiolas e um máximo de 20 mil, considerando que os números citados pelos deputados respeitam às estimativas máximas e quando ainda não estavam feitos todos os estudos.

Os custos de manutenção, segundo as estimativas mínimas apresentadas pelo representante da FC, são seis euros semanais por gaiola.

Pelo lado do PS, Teresa Dias questionou a importância do biotério no cumprimento de metas europeias a nível da investigação científica, enquanto José Bianchi questionou quais os benefícios para as instituições, se não haverá comercialização.

Rui Costa recusou qualquer fim lucrativo e sublinhou que a vantagem económica para as instituições é "gastar menos".

Sobre a referência à exportação de animais, Rui Costa referiu que o termo é utilizado para definir a "troca de animais com outras instituições europeias em termos de embriões e no âmbito de projectos".

O deputado do PSD Ferreira Gomes, responsável pelo relatório final desta matéria, pediu, por seu lado, mais informações por não se considerar suficientemente esclarecido.

O BE pediu a audição de Roque da Cunha Ferreira, da Fundação Champalimaud, que assina a descrição sumária do projecto, e da Câmara Municipal da Azambuja.

PUBLICO.PT.



Petição contra biotério na Azambuja

Movimento de cidadãos vai entregar no Parlamento uma petição com cerca de 5000 assinaturas


Um movimento de cidadãos entrega terça-feira no Parlamento uma petição com cerca de 5000 assinaturas contra a construção do Biotério da Azambuja, defendendo que existem alternativas mais credíveis em termos científicos e económicos, escreve a Lusa.

O Biotério da Azambuja, um local onde serão criados e mantidos animais (como ratos, cães e coelhos) com a finalidade de serem usados como cobaias em experimentação científica, é um projecto da Fundação Champalimaud orçado em 36 milhões de euros, ao qual se associou a Fundação Gulbenkian e a Universidade Nova de Lisboa.


Modelo científico caduco e ultrapassado
«O Biotério da Azambuja vai perpetuar um modelo científico que a nosso ver é caduco e ultrapassado e que vai prejudicar em grande medida os resultados que se obtiverem», disse à agência Lusa o porta-voz da Plataforma de Objecção ao Biotério.
Segundo João Pedro Santos, existem cada vez mais evidências científicas de que a experimentação animal pode debilitar grandemente as soluções para as doenças neurológicas.
«Apesar da anatomia e fisiologia das cobaias ser bastante próxima da anatomia e fisiologia humanas, existem distinções subtis que são cruciais no processo científico», explicou, revelando ter informações de que o centro da Azambuja terá uma forte componente comercial de venda de cobaias para outros países.
Por outro lado, lembra que a Comissão Europeia prepara-se para proibir a partir de 2012 toda a experimentação animal em cosméticos, um primeiro passo tendo em vista o fim da experimentação animal também na medicina e nas farmacêuticas.


Utilização limitada
«É um centro que terá certamente uma utilização limitada, quer cientificamente, quer temporalmente. Daqui a 10 anos a União Europeia vai estar a vetar a utilização de biotérios na Europa», afirmou.
Em substituição do Biotério, a Plataforma propõe a criação de um Centro3R em Portugal, que afirma apresentarem-se actualmente como a alternativa científica «mais credível» aos tradicionais métodos de experimentação animal.
«Realizam alguma experimentação animal a nível muito mais reduzido e fazem a mesma experiência com métodos alternativos. Se chegarem à mesma conclusão passam a usar somente o método alternativo», explicou.
O Biotério da Azambuja terá capacidade para entre 20 a 25 mil gaiolas para animais, vindo a criar entre 80 a 100 novos postos de trabalho.


Fonte

Sem comentários:

Enviar um comentário